terça-feira, 2 de junho de 2015

Gestão RH II

O encarregado a cirandar pela produção. Sigo-o pelo canto do olho. O olho bom, não o da limalha. Agora uso óculos. Também descontados do vencimento. O encarregado dá um pontapé num balde. Todos param de laborar.
– Não parem! – é o que se ouve no silêncio desalmado das máquinas. Todos retomam as suas tarefas e o rugido entrecortado da produção faz-se ouvir.
O encarregado pega no balde. Metálico. Talvez de óleo. Coloca-o de borco e sobe para cima. Uma estátua. Ainda que atarracada e carrancuda. O encarregado.
– Hoje precisam de trabalhar mais uma hora! A partir das 7 trabalham uma hora para o cão!

Nunca vi nenhum cão na fábrica, já as ratazanas abundam e dão festas.

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